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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

E se o deserto do Saara fosse um grande fornecedor de energia limpa?

A questão da sustentabilidade do sistema produtivo vem ganhando força desde o final do século passado,tendo como marco a conferência das nações unidas para o meio ambiente e o desenvolvimento(CNUMAD),Ocorrida no Rio de Janeiro em 1992(Também conhecida como ECO-92 ou RIO-92)

 A conferência contou com a participação de chefes de Estado do mundo todo,movimentos sociais e ambientalistas,tendo como objetivo promover o debate acerca do desenvolvimento sustentável,por meio da proposta de um crescimento econômico adequado ao equilíbrio ecológico.Com o desenvolvimento técnico de sociedades através dos tempos,a demanda pelos recursos do planeta foi aumentando gradativamente,alcançando seu ápice nos dias de hoje e com expectativa de aumento futuro.No contexto do aumento da demanda por recursos naturais e da perspectiva de esgotamento de muitos destes,o planejamento energético se faz de grande importância,buscando fontes e tecnologias alternativas de produção de energia que estejam associadas a recursos renováveis que cause um impacto ambiental e social mínimo.Por outro lado,isso implica em ações políticas,nas escalas local e global,que viabilizem esse processo,uma vez que este se constitui em um interesse comum a todos.Dessa forma a perspectiva de aumentar a participação da energia solar no sistema energético mundial diminuiria a dependência de combustíveis fósseis e não renováveis,juntamente com seus impactos,possibilitando o surgimento de alguns países atualmente periféricos como agentes diretos desse cenário.

CONVERSÃO EM ELETRICIDADE
A incidência de luz solar sobre o planeta pode ser convertida em eletrecidade e abastecer mercados do mundo todo,por meio do desenvolvimento de tecnologias de distribuição em grande escala.
Observando-se esse mapa constata-se que uma das regiões do mundo onde a maior incidência de luz solar corresponde ao deserto do Saara.
Cruzando o mapa de incidência solar com mapas políticos,econômicos e sociais da África usando um sistema de informações geográficas,percebe-se que também é nessa região que há um conglomerado de países com muito baixos índices de desenvolvimento humano que poderiam de beneficiar significativamente com a produção de energia "limpa" para outros países,especialmente a Europa e,talvez,parte da Ásia.








Deserto do Saara
O Deserto do Saara é o maior deserto quente do mundo, e oficialmente é o segundo maior deserto da Terra, logo após a Antártica. Está localizado no norte da África, tem uma área total de 9.065 000 km², sendo sua área equiparável à da Europa e dos Estados Unidos, e maior que a área de muitos países continentais, tais como Brasil, Austrália e Índia. O deserto do Saara compreende parte dos seguintes países e territórios: Argélia, Burkina Faso, Chade, Egito, Líbia, Marrocos, Saara Ocidental, Mauritânia, Mali, Níger, Senegal, Sudão e Tunísia. Vivem cerca de 2,5 milhões de pessoas na área do Saara.








 MATRIZ ENERGÉTICA

Uma vez adotada a energia solar  como matriz energética,novas relações políticas teriam de ser adotadas,já que a maior parte dos países que possuí a quantidade de radiação solar necessária para tal,atualmente,ocupa uma posição periférica no sistema produtivo/econômico mundial.segundo a DESERTEC,o fornecimento de energia de países africanos para a União Europeia,por exemplo,traria consigo mudanças nas relações políticas e econômicas entre os envolvidos.vale lembrar o recente passado colonial e os atuais problemas de imigração podendo ser algo vantajoso para ambas as partes.

É importante observar que o Sol irradia constantemente energia,e na Terra quase todas as fontes de energia estão relacionadas indiretamente á energia solar.Tanto a energia dos oceanos,como as energias hidráulica,eólica,biomassa e de combustíveis fósseis são frutos de processos naturais motivados pela ação da radiação solar na Terra.Segundo o Atlas de energia elétrica(ANEEL,2005),a radiação solar pode ser usada diretamente como fonte de energia térmica,por meio do aquecimento de fluidos e ambientes,ou para a geração de potência mecânica ou elétrica.Outra aplicação possível é a sua conversão direta em energia elétricaconversão direta em energia elétrica , sendo os métodos mais comuns os efeitos termoelétrico e fotovoltaico. O aquecimento de fluidos se dá por meio do uso de coletores ou concentradores solares. Os concentradores solares destinam-se a aplicações que demandam temperaturas mais elevadas, como a produção de vapor — podendo gerar energia mecânica com auxílio de uma turbina e, com isso, eletricidade por meio de um gerador. A conversão direta da energia solar em energia elétrica se dá pelos efeitos da radiação sobre materiais específicos, especialmente os semicondutores.


Greenpeace
Trata-se de uma poderosa organização nãogovernamental com sede em Amsterdã, Holanda, com escritórios espalhados por 42 países. Atua internacionalmente em questões relacionadas à preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável, com campanhas dedicadas às áreas de florestas (Amazônia no Brasil), clima, nuclear, oceanos, engenharia genética, substâncias tóxicas, transgênicos e energia renovável. A organização busca sensibilizar a opinião pública por meio de atos, publicidades e outros meios. Sua atuação é baseada nos pilares filosóficos-morais da desobediência civil.

No que diz respeito à transformação da radiação solar em energia elétrica, a (4) MED-CSP Study Team (Concentrating Solar Power for the Mediterranean Region), patrocinada pelo governo alemão, informa que com a tecnologia atual de transformação energética seria necessária 1% da área total de desertos no mundo para produzir o que se consome anualmente de energia elétrica no planeta. Já segundo relatório do Greenpeace (GREENPEACE, 2009), no caso específico da Europa, seria necessário apenas 0,04% da radiação solar que incide no Saara para suprir a demanda energética do continente, o Greenpeace afirma que no caso do consumo energético mundial seria necessário o uso de 2% da área deste deserto. Todos estes dados e perspectivas de aproveitamento energético sugerem que o avanço tecnológico combinado com uma boa vontade política pode permitir imaginar um mundo sustentável e   possível  para as próximas gerações.





                                                                      

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